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Fernando Guerreiro

Beleza artificial: até onde vale a pena ir para ter o corpo perfeito?

Fernando Guerreiro

02/06/2018 04h00

Crédito: iStock

Que a busca pelo corpo perfeito sempre foi uma obsessão de muitos você já sabia, e os novos métodos que vem sendo utilizados? Desde uso de anabolizantes até implante de chips que liberaram hormônios no corpo. Qual é o preço que vale a pena pagar para atingir o corpo perfeito?

A onda do corpo perfeito a cada dia mais tem quebrado as fronteiras do esporte, os fisioculturistas. E tem se propagado como um estilo de vida. Novas técnicas de treino, dietas, suplementações têm levado adeptos deste estilo de vida cada vez mais cedo a procurar por métodos mais rápidos para ganhar músculos e baixar o percentual de gordura.
O que muitos não diferenciam é a periodização da vida de um fisioculturista, que leva seu corpo ao extremo em períodos de competição, e isso é levado a sério e tem todo um cuidado médico por trás dos seus treinos e dietas, sem falar do tempo de vida que se é investido em desenvolver o corpo desejado. Nunca foi de uma hora pra outra.

Você já ouviu falar do "chip da beleza"?

Amor e ódio, esse método de implante de hormônios foi criado para atuar originalmente como contraceptivo, em alternativa à pílula anticoncepcional, mas ganhou o apelido de "chip da beleza". Muitas usuárias relatam que a técnica elimina cólicas e tensão pré-menstrual (TPM), combate a celulite, melhora a pele,  cabelo, acelera a perda de gordura e o ganho de músculos, além de aumentar a disposição.

A lista de benefícios é muito atrativa, mas o "chip" também pode trazer efeitos colaterais indesejados. Queda de cabelo, surgimento de acne e pelos, engrossamento da voz e aumento de clitóris são os mais comuns. Para quem não tem uma rotina de exercícios físicos, nem mantém uma dieta balanceada de forma saudável a reação a toda essa liberação contínua de hormônios é justamente reverso, ganho de peso.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) não concorda com o uso de hormônios em pessoas que não apresentam deficiências hormonais, por causa dos efeitos adversos que isso pode gerar. A SBEM chama isso de "modulação hormonal", prática que considera arriscada tanto durante quanto depois do uso.

Os efeitos colaterais dos esteroides anabolizantes variam de acordo com a genética do usuário, produto utilizado, quantidade, quanto tempo de duração do ciclo e se o usuário é homem ou mulher. Isso deixa claro que esteroides anabolizantes podem gerar menos ou mais efeitos colaterais, mas sempre vão gerar algum efeito colateral–mesmo que você tenha conhecimento do que está fazendo e esteja sendo orientado e supervisionado você estará correndo um risco.

Diminuição da produção natural de testosterona, perda de cabelo, ginecomastia, danos ao fígado, são os efeitos mais comuns, entre outros que podem surgir.

Como sempre falo aqui, devemos gerar uma consciência de saúde, construir um lifestyle sustentável, pensar a longo prazo. Não caia em histórias de ganhos rápidos, isso vai cobrar um preço caro de você no futuro.

Invista tempo na sua saúde.

Sobre o autor

Fernando Guerreiro é formado em Educação Física, especializado em treinamento funcional e ultramaratonista. Também é head coach da We Move Brasil, equipe especializada em desenvolver um estilo de vida saudável e transformador.

Sobre o Blog

Dicas e mensagens motivacionais para os homens que desejam melhorar a cada dia seu estilo de vida através da atividade física. Um espaço para tirar dúvidas e também para encontrar a motivação que o levará a quebrar barreiras físicas e mentais.